Quando eu era menino, brincando na sombra do juazeiro
Ouvia falar do barbeiro, e na minha imaginação
Eu via um bicho cortando os cabelos da gente
Na minha cabeça inocente
Tudo era ilusão
Mas um dia porém eu soube que alguém adoeceu
Que o seu coração cresceu
O barbeiro foi o culpado
A partir desse instante, que tudo então se esclareceu
Depois que a pessoa morreu
Eu não fui mais enganado
Mas que bicho danado, safado, chagado
Igualzinho à mulher
Ele pega a gente bem dentro do peito
Cada um do seu jeito, faz bem como quer
O pobre coração, tudo que é de emoção
Ele pega e atrai
Tritura e dissolve todo sentimento
Mas o que é ruim dentro dele não sai