Batidas bandidas do meu coração
Excitam vampiras, vadias em promoção
A carne barata no mercado custa os olhos do pelado
Que foge calado, sem poder enxergar
As pegadas que encontrei, são tuas
Os rastros que deixei, são ruas pra me achar
As palavras que ficaram escritas
foram, vistas, lidas e jogadas ao mar
Mas agüento o desprezo por ser um rebelde
Preso em conclusões absurdas
Do qual tua língua muda nunca quis falar
As pegadas que encontrei, são tuas
Os rastros que deixei, são ruas pra me achar!
As palavras que ficaram escritas
foram, vistas, lidas e jogadas ao mar
Mas agüento o desprezo de ser um rebelde
Preso em conclusões absurdas
Do qual tua língua muda nunca quis falar
Estavas nua em devaneios de embriagueis
E quem quiser ver que veja
o Esmalte vermelho em unhas curtas
Pobres prostitutas, esperando a noite
que nunca vai passar
Buscando angariar na insanidade
as verdades e mentiras do absurdo
E Talvez eu sofra a alforria de minha cultura bruta
Que compara putas de santa tecla
Com as realidades de uma poesia suja e encoberta
Apesar de a noite me oferecer todas as drogas do mundo
Vivo um instante de lucidez
E conviver no contraste de ser poeta e burguês
Em uma nação de miséria que busca na mesma artéria
As razões da sobriedade
Estou afogado em um mar de línguas mudas
Estou distante de minhas ideias
Eu não suportei a vanguarda
Estou banhado em magoas que minha poesia traduz
e em minha face reluz o ridículo
o perigo de conclusões absurdas