Sou um galo missioneiro
Que bica e vai pra cima
Na peleia não me entrego
As puas são minhas rimas.
Meu verso canta a verdade
E opinando se agiganta
E brota como um trovão
Um sapucay na garganta!
Admiro todo o canto
Mesmo este sendo novo
Desde que traga mensagem
E a cultura de seu Povo.
Por isso canto a minha terra
E não me engana o estrangeiro
Vou viver sempre cantando
O meu torrão missioneiro.
Canto neste meu terreiro
E respeito o chão alheio
Deste jeito fui criado
Simples e sem floreio.
De bico e espora grande
E a garganta afinada
Pra soltar o meu canto
Quando me derem bolada.
Nasci na beira de um rio
Junto com a natureza
E bem na costa de um mato
De chão puro e sem nobreza.
Assim vou sempre cantando
No raiar de cada dia
Batendo asas no canto
Pra despertar alegria.
Composição: Gerson Brandolt