Quando saio a cavalo
Montando no meu baio
Cortando as coxilhas
Eu não acho atrapalhado
Com a gaita na garupa
Pois eu a sempre tenho
Vou dizendo que saio
Só não sei é quando venho
Atravesso as canhadas
Só na macha troteada
E numa boa sombra
Eu faço a sesteada
Eu abro a minha gaita
E dou uma toada
De coxilha em coxilha
Só se ouve a toada
E quando é de tardinha
Que o sol já vai entrando
Na casa de um fazendeiro
Eu vou me aproximando
Com licença moçada
De longe eu vou gritando
É o cancioneiro das coxilhas
Que aqui ai vai chegando
E quando os galos cantam
No romper da madrugada
Lidando na mangueira
Junto com a peonada
Tomando um bom amargo
No baio eu jogo a encilha
E alegre se despede
O cancioneiro das coxilhas