Quando eu vivia dos prazeres da orgia
Foi nesta vida que o amor eu conheci
Amei demais uma flor da boemia
E esquecê-la nunca mais eu consegui
Durou tão pouco a minha felicidade
Vivendo ao lado da mulher que eu tanto quis
Nunca pensava que a negra falsidade
Me transformasse num boêmio infeliz
Seus lindos lábios para mim não confessavam
Que o seu desejo de voltar ao lar antigo
Porém seus olhos me olhando revelavam
Que o compromisso era o seu maior castigo
Foi dos meus braços para o braço do destino
Viver de novo ao calor da liberdade
Enquanto ela é a deusa do cassino
Eu sou apenas um boêmio da saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)