Minha cabeça lateja e explode ao som do amanhecer
(não penso em momento algum)
Minha garganta estranha o gosto e começa a estremecer
(meu rosto agora é mais um)
Minhas mãos abraçam forte o travesseiro a escapulir
(mais um dia por agüentar)
Me relembra que tudo que gosto não ajuda a progredir
(quem sabe não vai bastar, peco ao apostar no que virá)
O quanto eu vivi
Somente entendi
Que tudo é fugaz
Que nada é de mais
O quanto eu vivi
Não surpreendi minha conotação
E conforme o ditado precede, eu continuo a viver
(c’est la vie , c’est très bien)
Nos parâmetros da ditadura do mais pacato ser
(no espaço entre bela e vã)
E respiro o ar filtrado, me embebedo em dizer
(minha mente ainda é sã)
Que no fim as ruas se encontram e os rios por nascer
(deságuam em qualquer manhã, peco em listar e ignorar)