Carcará, guardião do cerrado – Luiz Salgado
Avoa, carcará
Guardião lá do cerrado
Gavião, carcará
No teu vôo mora o mistério
O cerrado é seu império
Bela ave de rapina
Avoar é sua sina
Então avoa, carcará
Vive lá no ar, carcará
Nos olhando lá de cima
A verdade é nua, carcará
Toma conta do cerrado
Senão daqui um bocado
Carcará só vai chorar
Olha o tamanduá
Correndo na mata em chamas
Corre tamanduá
Ou a extinção te alcança
O perigo ta no ar
Se te alcançar, ocê some
O perigo é o bicho homem
Então corre, tamanduá
Corre, tamanduá
Protege os seus filhotes
Não morre, tamanduá
Que Deus lhe dê boa sorte
Ocê vai ter que ser forte
Como é forte o carcará