Sina de Cantadô – Luiz Salgado
Me bateu umas lembrança
De quando eu era criança
Andava de pé descalço
E não sabia avoar
Era igual um fiote
Querendo sair do ninho
E aos pouco, de mansinho
A coragem de pular
A vontade de pular
O tempo foi se passando
E pra selar meu destino
Deus me fez qual passarinho
Me fazendo cantadô
Me deixou essa empreitada
Pra cigarra, a mesma sorte
De cantar até a morte
Eh, sina de cantadô
Eh, sina de cantadô
A magia da piracema
O canto da seriema
O ponteio da viola
Tudo tem o seu valor
O galo de manhã cedo
A coruja de tardinha
Os cometa, as andorinha
O universo é cantadô
O universo é cantadô
Vou encerrando os meus verso
De um jeito diferente
Vou contar quem é o regente
Maestro e professor
Quem comanda as cantoria
As moda e os tocador
É um senhor chamado Deus
Que também é cantador
Deus também é cantador