Laço de embira pendurado na parede
Um fogão de lenha
Cavaco de angico que é “mió” de brasa
Um café cheiroso
Um lampião aceso nessa casa
Uma pinga boa do engenho, um copo
O canivete, o fumo e a “páia”
É que trago no peito o coração caipira
Conheço a dor de cada cidade
Mas o certo de onde vivo
Assim mais feliz
É no meio do mato, na beira do mato
No fundo do rio
Na beirada desse rio
Quando anoitece não sei nem dizer
O céu se abrindo em gotas de luz
O clarão da lua iluminando a terra
Um perfume solto no vento
Que o fim da tarde leva, por ali
Meus “amigo” do peito
Tudo caboclo que nem eu
Que gosta de pontear uma viola
De ouvir cantar o galo no terreiro
Noite e dia, o dia inteiro
É no meio do mato, na beira do mato
No fundo do rio
Na beirada desse rio