Num momento exato
Um papel, caneta, lápis
Numa hora incerta
Olhe para as mãos de um poeta
Olhe para os dedos caminhando as letras
Olhe através e veja uma cidade submersa
Um labirinto sem fronteiras
Num momento exato
Um papel, caneta, lápis
Numa hora incerta
Olhe para as mãos desse atleta
Do pensamento e da incerteza
Imaginando coisas que nem pensa
Revelando as cores de outros sentimentos
Os anjos a brincar de construir
Palácios sob o mar
Somente pro poeta mergulhar
E conhecer o fundo, tão fundo
Um outro céu
Ninguém vai perceber
Se um dia a poesia desaparecer
Se um dia você se lembrar
Num momento exato
Numa hora incerta
Olhe para as mãos de um poeta