Deu saudade minha linda, deu saudade
Pra dizer bem a verdade foi assim
Era tarde e o meu rancho, por solito
Te encontrou nessa lembrança junto a mim
Repontou saudades doces feito um beijo
No destino mais amargo que ela tem
Quem me dera este mate em outra tarde
Tomar um e alcançar outro pra alguém
Só depois que desencilho o dia acalma
Das quietudes costumeiras da querência
Nos teus olhos cor de campo e domingueira
Me transporte todos os dias desta ausência
Mês passado minha linda, tu bens sabes
O temporal encheu o passo da cruzada
E o gateado que não sabe o que é saudade
Por cismado não cruzou o vau da estrada
Eu aqui entre uns mates, faço uns versos
Desses largos pra enganar a solidão
Porque a alma tem razões desconhecidas
Que nos fazem ser por vezes coração
Quem sabe o tempo soberano das esperas
Fim do mês não abra o céu e eu cruzo o passo
Pra matear num fim de tarde no teu rancho
Trocar ausência assim, por um abraço