Toda mulher é ou não parecida com toda mulher?
Toda mulher é ou não aparecida?
Toda mulher é ou não parecida com toda mulher?
Toda mulher é ou não aparecida?
E aparecida veio, véio
Varou porta adentro pra sala de estar bem
Mostrou tantos feitos que talvez desse nem pra conta
Dos planos contidos num ligue os parêntesis
Os parentes abrimos tanta boca
Uns só riso
Outros surpreendidos com tamanha beleza que da caixa de surpresas surgiu
Oh! Mas precisava tanto
Varinhas de condão, não: Encanto
Bordado homem do manto
Aquele um que meu pai fala
Dela que lhe prometeu um blue paradise
E aquela que lhe concedeu um blue paradise
Quase vivo de espanto
Coração disposto em tanto canto
Rezas contra quebranto
Caxixi, dobrão, vaqueta
Cantava e tocava tão bem o berimbau
Jogava e pegava tão bem no berimbau
Rendinhas de bureau e projetos arquitetônicos
Pra um melhor aproveitamento urbano da ventilação no trópico do equador
Dor, que dor de cotovelo
Ao ver como era novo o nó velho que ela desenrolou
Abalou paris e o embalo da minha cadeira que nem elétrica é
Aprumo meu pé nos rebolados dessa mulher
Que diz sabe o que quer
Mas que importa saber o que ela é se ela é artista?
Sambista que diz que é da portela
ÓI ela, óI ela
Pergunta do pedreirense
Seu antigo império foi pra avenida
- Não diga!
- Tão lindo! Mais retumbante que o agreste do amado
Parente, aparecida é crente.
E você, acredita em que?
Me diz, parente, acredita em que?
Composição: Iva Rothe