Começando a história, vou seguir daqui pra frente
Não sei se coco, rock ou baião
estrutura de repente
E de repente começa a base no chão
Agora pense, moleque novo, zabumba na mão
mó vergonha (há há)
Pra não mostrar que traz no sangue
O puro som que vem de antepassado
antepassando, geração que gera ação
Olhar sisudo e traços fortes
Como aquele senhor de sanfona no buzão (meu pai)
Os maluco olhava torto
(vixi! cê é loko, jão
Esse é do nordeste, dá não)
Como se fosse assim
uma doença ou coisa ruim
Não é não, otário
É orgulho e é responsa
Cresceu com leão, bebe até leite de onça
Cê não ta ligado nao né?
Honestidade lá em casa é regra, é religião
E por falar em religião
É cada um na sua
Biologia é de irmão
Pois então, Jão
Se avexe não
Rola comigo, me respeite e sente o peso do refrão
Sente orgulho... pois é
Sem vergonha do que é
Seja da Sul ou Norte, de uma capital qualquer
Seja forte, feito retirante que vem lá do
Nordeste
Eu não sei falar meias palavras, meias verdades
Meias qualquer coisas causam vaidades e me põe
travas
Coisas doces e amargas
Na estrutura de um cordel
Faço minha oração que voa longe
Ecoando pelo céu
Me liberto das amarras
Me encorajo, tiro dos olhos o véu
Hoje sei pra onde vou
Só quem já ganhou asas
vai me entender agora
Como a Águia, trazendo a bagagem da vida
visão interior
Bato asas, me despeço e vou embora
Carregando o meu dom
Com a certeza que esse som vai tocar a imensidão
(Eu sei que vai, ah vai)
Da cabeça de cada um que escutar
Sente orgulho... pois é
Sem vergonha do que é
Seja da Sul ou Norte, de uma capital qualquer
Seja forte, feito retirante que vem lá do
Nordeste