A moça quando chega aos dezesseis,
Está madura, está na vez,
De pensar muito mais nela.
Se acorda suspirando,
E passa as tardes na janela,
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá".
Chá, chá-chá-chá da moça,
Chá, chá-chá-chá da moça,
Chá, chá-chá-chá da moça.
A moça quando casa pelos trinta,
Conservando ainda a pinta,
Duma juventude bela.
Se briga com o marido sem razão,
Sem mais aquela,
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá".
A moça quando entra nos quarenta,
E o demônio ainda tenta,
Nos seus sonhos de donzela.
Se sofre com carinhos,
De mocinhos de novela,
Lá vai ela, lá vai ela e eu digo "chá".
A moça se tiver aquela idade,
Que perde a felicidade,
Do princípio até o fim.
Se um dia for embora,
Como um pombo que se solta
Ela volta, ela volta para mim.
(bis)...