Ao voltar seus olhos para a vida
Ele se surpreendeu
Pois notou que a alma que enfrenta a briga
Não se destina a um céu
Pra quem só quer deitar
Uma existência mais ativa é uma forma de morrer
E a consciência, em vez de ser abrigo
Lhe descama a pele como brasa rubra a arder
Pra quê gritar?
O tempo de arrependimentos já ficou para trás
Nada é demais
Pra quem tem calma
No domingo tem cachaça tem petisco
E depois tem comunhão
Na saída tem maledicência contra o amigo
Mas semana que vem tem mais perdão
Pra quem só quer deitar
Uma existência mais ativa é uma forma de morrer
E a consciência, em vez de ser abrigo
Lhe descama a pele como brasa rubra a arder
Pra quê gritar?
O tempo de arrependimentos já ficou para trás
Nada é demais
Pra quem tem alma