Tropas de bois são reunidas
E o velho ritual de laço na mão
Facas de aço ardente
E um forte lamento na vida de um peão
Mangueiras com travas de angico
Lugar derradeiro e bicho no chão
Maneado de forma inclemente
A faca e o homem lhe tiram o culhão
Gritos de tauras campeiros
Pealeia parceiro e bota no chão
A faca que corre ligeiro
Num golpe certeiro sem dó e sem perdão
Gritos de tauras campeiros
Pealeia parceiro e bota no chão
A faca que corre ligeiro
No braço do homem que é o cirurgião
Levanta o bicho coitado
Num triste bailado sem marca e sinal
O sangue que corre no couro
O que era touro é só um animal
Deixou para trás na campanha
Seus filhos legados ao velho ritual
Herdeiros ao braço do homem
Depois de castrado é um boi sem moral