Meu azul aventureiro
Se eu pudesse descrever
O destino de um romeiro
Que navega por você
Certamente suas ondas
Cá viriam me buscar
Eu seria do mar ô
Eu, sereia do mar
Mas não sou daqui (marinheiro só)
Eu vim pra sentir (o meu peito só)
Cheio de ardor
E o povo em seu louvor
Coração enfeitado de fita
Rasta saia, menina bonita
Com tanta pressa
Faz promessa no andor
Azulado espelho, flores te ofereço
Refletido eu vejo um devoto em tua sina
Azulado espelho, flores te ofereço
Me mostra tua imagem tão divina
Teu milagre que lava a poeira, poeira
Abençoa minha gente guerreira, iaiá
Que traz o lírio e a alegria
Pra matar a agonia
De um povo que suplica em oração
É banho de axé, ramo de esperança
A imagem do amor e da bonança
O pranto que a alma não guardou
Fez nascente aqui dentro de mim
E na Avenida batizou
Apoteose de um povo vencedor
Quando o dia alvorece
Pro meu rio desfilar
Refloresce cada prece que eu deixei nesse lugar
É água pra benzer, é água pra lavar
É agua pra se libertar