Meu batuque é resistência, sou Mocidade
Trago na pele a força pra vencer
Meu samba é luta e voz, fala por todos nós
Bendito seja o seu poder!
O som do atabaque ecoou, ô, ô
Ressoa no couro do taiko
Ê nzazi ê, ê nzazi a
Nzuzu conduz teu filho nesse mar
Ê nzazi ê, ê nzazi a
No oriente, tronco forte, baobá
Luar
Na cor da noite, beija o Sol nascente
Retinta pele reluzente
Mistério na terra de Obá
Aos olhos de Damiyô, guerreiro despertou
Eis o destino a se revelar
Mandou banhar, escorreu beleza
A verdade da cor, a natureza
É preta sua armadura
Força, raça e bravura
Ninguém segura!
Fiel companheiro
Herdeiro da sabedoria
Honrou sua liberdade
Com dignidade
Derramou o sangue justiceiro
Lágrimas em chamas
Cinzas pelo ar
Serás eterno, jamais se apagará
Em cada jovem o sonho brilha
A sua luz renascerá
Pode ter fé
Que todo preto pode ser o que quiser!