Na história dos heróis
Os vilões riem de nós
Os cabelos que voam ao vento
Já não recuam aos seus dizeres
Ordem! E Progresso!
(Nem tudo em seu lugar)
Os corpos e as almas
Parecem que estão desnudos (todos)
Todos são iguais
(nem normais)
Ao menos naquilo que se pensa e faz
Na história dos vilões
Os heróis acendem seus cachimbos
E a fumaça que aflora com o tempo
Já não queima suas barbas
E seus botões
O que fora ultrajado na memória
Da história e da oratória
Os cotovelos já não servem pra dizer
Que a vontade que se tem é de viver
Sem a opressão, sem a mentira
Sem a mania que temos de viver em paz
Durma em paz (e nada mais)
Se eu te der mil razões pra viver
Saiba que é porque estou ao seu lado
Se te tiro a vontade de chorar
É que o tiro já não serve pra nós