A mão que abraça fumaça
Ser e ter
Sem ser nada jamais
Nada ser e ser tudo ao mesmo tempo
Tô te vendo agora pelo buraco da janela
Mas sei que você é normal
Tal a hora seja agora
De ver que o irracional sou eu (somente eu)
Eu não sou missionário de tudo
Também não sou herdeiro de nada
Nem de minh’alma (que não se acalma)
Porque o nada diz tudo
E o tudo talvez não diga nada
Tenho que descer da escada
Mudar a roupa e tudo dizer
Das coisas que parecem minhas
Tenho que ver de dentro pra fora
E de baixo pra cima
Sem ser inferior nem idiota
Os anéis que se usa já não são dourados
A aliança é menos importante que o dedo
Não há nada que não deva ser vivido
Não há nada que contenha verdade absoluta
Nada é absurdo
E tudo é nada
Droga! ora bolas!
E tchau!