Eu fiz de mim uma varanda
De ouvir cirandas a beira mar
Vejo nas hondas a tua imagem
Espelho azul de iemanjá
De além me chamas
Chamas estranhas
A me queimar
Uma mulher talvez criança
Sonha piratas a saquear
Suas paixões seus oceanos
As suas conchas
Seus coqueirais
Os que se foram
Se tornam flores
Dores não fossem meu sonhar
E deus existe como lembrança
De um adeus tão
Alem mar