Severino era um menino traquino
Molequinho nordestino, um espirro de gente
Para vê-lo feliz... muito feliz!
Bastava ter um sino em sua frente, bem estridente
Sino de belém, sino de natal
Qualquer sino pra severino dar o sinal, afinal
Severino não tocava violino
Nem zabumba ou bombardino, mas seguia em frente
Peregrino feliz, muito feliz!
Badalando sinos diferentes, alegremente
(mas num repente...)
Um acidente ocorreu com o menino
Lá na festa do divino severino vinha atrás
De tão contente bateu forte no badalo
Que caiu e fez um galo na cabeça do rapaz
Chamaram a vó, a madrinha e a titia
Olha só... ninguém fazia o menino recobrar
Até que enfim um irmão beneditino
Disse assim: batam o sino pro menino acordar!
(blim, blom, blim, blom, blim blom)
Severino acordou, nem soube o que aconteceu
Foi falar, cacarejou e ouviu a voz de deus
Severino cuidado com esse badalo
Tua sina é tocar sino, não é cantar de galo!