Num teu fado ritmado, tu nos fazes até chorar
Logo a gente, a gente sente uns desejos dos teus beijos
Uns desejos dos teus beijos que nos fazem até delirar
Ingrata, ingrata, volve a mim um teu doce olhar
Teu riso me mata, me maltrata, me faz banzar
Desata, desata esse olhar do meu coração
Ingrata, ingrata, suspirosa irerê do sertão
Também se passas, formosa e tirana
Por minha choupana, da tarde ao cair
Vou te seguindo na estrada arenosa
Qual rola saudosa, a carpir, carpir
Na dança deslizas e assim pisas mil corações
Teu peito é o leito, doce leito das tentações
Teus olhos, teus olhos, vagalumes de ingratidões
Teus olhos, teus olhos são os queixumes das nossas paixões