Eu caminho na cidade.
Estrelas descem;
Silêncio esvai-se,
Faróis me vencem.
Busco onde fico,
Em meio a um caos desses.
E muito é visto.
Pouco é farto.
Sempre mais quisto.
O resto é gasto.
Busco onde passo
E caio no abismo
Eis manhã na cidade:
Coro dos corpos
Mescla à vontade
Vivos e mortos.
E algo me fisga,
Mastiga e cospe.
Entre crimes e risos,
Cansaço, consumo,
Asfaltos, ruídos,
Assaltos, acúmulos.
Busco onde vivo,
Cidade morro.