Sim,
Houve um tempo e ainda há
De haver uns poucos segundos
Pra
Que haja tempo e haja ar,
Oxigenar a fundo
On-
De a desvida hospedou-se,
Onde um triste engano
Fez,
desses corpos, escravos,
em um cotidiano.
Sim,
Houve um tempo e há de haver
Uma vingança da vida
Con-
tra a tortura, o sofrer,
Na moeda devida.
Ri-
Ca, tão vasta e maior,
Por ser, da juventude,
Fon-
te, horizonte, esplendor,
Mina de plenitude.
Mas é preciso lutar
E lutar e lutar e lutar e lutar...
Sei
Houve um tempo e não há
porque desapareça,
Se os
corações dos de cá
?inda aguardam remessa.
Pois
É contínua e friável
A essência da estrada
Por
onde corremos nós
Entre as margens do nada.