Sacode a poeira do tento e vai trabalhar
arreia o cavalo no cocho e vai galopar
Destinos caminhos incertos
sombra do chapéu nos teus versos
as rédeas puxadas pra vida não lhe escapar
Verdades e sonhos pintados de verde
num campo que só não tem fim
Descalço é que eu sinto o mundo aos meus pés
Me criei nesse velho repente
a vida foi assim de repente
que tudo ficou assim
Do cocho tirei a viola
e o medo hoje já não mora em mim
Descalço é que eu sinto o mundo aos meus pés, assim
Parei meu cavalo em um trevo distante e vi
caminhos distintos pra poder seguir
De um lado a pureza dos contos
do outro a cobiça e o desgosto
de homens que brigam pra poder ter sempre mais
Pra quê querer tudo que está tão distante
se já tenho tudo aqui?
Descalço é que eu sinto o mundo aos meus pés
Me criei nesse velho repente
a vida foi assim de repente
que tudo ficou assim
Do cocho tirei a viola
e o medo hoje já não mora em mim
Descalço é que eu sinto o mundo aos meus pés, assim