Não sou fulô que se cheire
E que se deixe murchar
Nem sou o mato onde morre
Onde corre a Estrela Dalva
Eu não sou corpo que se corte
Eu não sou sorte que se enjeite
Eu não sou porto que se deixe
Moreno, sem me levar
Eu não sou carne nem sou peixe, moreno
Rio abaixo, rio acima
Nem sou cacimba vazia
Que se enche de chorar
Eu não sou braço de mar, moreno
Que não se deixe abraçar
Nem sou a fulô da margem, moreno
Que não se possa cheirar