É com um pé na tribo e o outro na senzala
De front para o zen, abandonando a casca
Mano Preto Veio, fala nordestina
É monge sendo nada é Buda sendo mina
Que mora lá no morro, que nasceu na Maré
Escolhe a cidade, mas a de São Thomé
Ser um guru da Índia guri da Cinelândia
Amar a Janaína a Deusa-Lua branca
Sou tudo e tanto faz, só ilusão da mente
Que finge achar defeito, num mundo concorrente
(com corrente)
Que vive o normal ignora o diferente
Esquece do perfeito, do que nasceu pra sempre
Eu busco a vida, um mantra menos miserável
Conhece o infinito, proposta irrecusável
De transcender agora não pensar em fugir
Abandonando o ego o medo que a de vir
E o medo que há de vir
Refrão
Ouvi dizer que a escuridão com a luz se encontrou
se encantou
Ouvi dizer que a escuridão pela luz se encantou
se encontrou
Verso 3
E ser o mais sincero num nível que transcende
Mais um no mundo externo, Divino internamente
Que tá aqui agora sem carga ou projeção
Quem tá no ponto pega esse próximo vagão
Pura é nossa alma, essência que é divina
Com prostituta ou santa, Buda sendo mina
Rumo ao infinito onde o fim morreu
Quem não julgou a vida a morte transcendeu