Sobre o chão deste meu pago
Que é rumo de tanta gente
Vive um peão tão desgarrado
Curtido pela aguardente
O tilintar arrogante
Do seu facão caroneiro
Silenciou, ficou distante
Dos bochinchos bolicheiros
No galpão dormem os aperos
Do seu ruano sonador
No rancho rude e campeiro
As pilchas de um domador
No galpão dormem os aperos
Do seu ruano sonador
No rancho rude e campeiro
As pilchas de um domador
Dos pelêgos que dormia
Punilhas fizeram rendas
O pala que o protegia
Cambiou por tragos de venda
Os avios de mateador
Estão jogados no chão
A gaita do trovador
Pra tocar não tem razão
E num andar despacito
Na senda que se jogou
Vai vagar sempre solito
Como um cusco em corredor
E num andar despacito
Na senda que se jogou
Vai vagar sempre solito
Como um cusco em corredor
Sobre o chão deste meu pago