Visagem, caminha ao meu lado
Cai a noite lá no cerrado
Ódio, malícia, depressão
O Araguaia transbordou
Inundou meu coração
Visagem, caminha ao meu lado
Cai a noite lá no cerrado
Dente de piranha, veneno de potó
Esporão de arraia, sangue suor e pó
Visagem, caminha ao meu lado
Muriçoca é o vampiro do cerrado
Demônios, coronéis, as tribos de concreto já não dançam na fogueira
Lixo que suja os rios
Veneno que imunda as matas
Lá onde o cabloco solitário
Caminha no escuro com espiritos guerreiros que ainda choram, choram, choram
Dente de piranha, veneno de potó
Esporão de arraia, sangue suor e pó
Visagem, caminha ao meu lado
Muriçoca é o vampiro do cerrado