O caboclo lá da roça vive na véia paioça, bem no meio do grotão
De manhã os passarinhos vem despertar os caboclinhos pra cuidar da plantação
Junto com sua família sai no clarear do dia, volta no escurecer
Com seu corpo já cansado de trabalhar no roçado semeando pra colher
Depois que faz a colheita o sertanejo aproveita para vender na cidade
O fruto do seu suor, alimento de valor para toda humanidade
Assim mesmo o coitado quase sempre é desprezado, trabalhando no sertão
Não é preciso que eu diga que ele enche a barriga dos ilustres cidadão
Pouca gente que entende que o Brasil muito depende da lavoura do sertão
Pensa que é o dinheiro que eleva o brasileiro na mais alta posição
E quem pega na enxada ao surgir da madrugada até o anoitecer
É o caboclo matuto com o seu serviço bruto, faz nosso Brasil crescer
Os grande na sociedade se preocupa com a cidade, esquece nosso sertão
Põe de lado o roceiro que luta o ano inteiro com a sua plantação
Devia ser respeitado, por todos admirados e ter sempre proteção
Não falo nada demais pois o sertanejo faz o progresso da nação