Eu ando em trilhos tristonhos sem trens
Passado o verão não se apeguem aos bens
Se o amanhã é incerteza, afirmo antes que repenses
Se há comida, no futuro a deus pertences
... o fato, sou pato e tão fraco
Não entendo o que seja sufrágio
Se sujar tudo fora do barco
Capitão de primeiro naufrágio
Nunca tive razão na esperança
Já levei um sacode por isso
Corro só pra forrar minha pança
Dizimista no jogo de bicho
Eu ando em trilhos tristonhos sem trens
Passado o verão não se apeguem aos bens
Se o amanhã é incerteza, afirmo antes que repenses
Se há comida, no futuro a deus pertences
Sobrevivo de sambas e de truques
Traques, trocas e trocos por trecos
Sobressalto a emoção dos batuques
E os pequenos assaltos nos becos
Boca livre não faço desfeita
Encho os bolsos e nem me despeço
No salão ando sempre à espreita
Pra afanar corações inquietos