Rotina cansativa e eu finjo se vagabundo...
Melhor assim, mas não é bem assim...
Tem dia que desanima, isso depois vira rima
Ou se perde na fumaça da cidade
E aí realidade, sem graça, trombei você de novo
Prefiro a poesia, nos braços do meu povo
É bem mais atraente e mexe com meus sentidos
Escuto com meus olhos, enxergo com os ouvidos
E assim caminha o mundo...Pelo menos o meu!
Você não percebeu que o que você tem não me interessa
O show pra mim foi lindo, pra você tava vazio
Quero os melhores climas, você me lembra do frio
Espero não te ver pela manhã...
Sentirei cheiro de café, pegarei fruta no pé, vou caminhar a beira-mar
Ouvindo sussurrar, as mais belas mulheres, as mais belas canções...
Sol leve na minha pele e crianças jogando bola...
Sai fora, mais cinco minutinhos, no tempo do Martinho, devagar, devagarinho
Não puxa minha coberta, não abre essa janela
Não diz que tá na hora e que trabalho é meu pai nosso
Sonhei com um mundo belo e não quero seus destroços
São Paulo todo frio quando amanhece, na pressa do seu muito o que fazer
Na reza do paulista, trabalho é o pai nosso, é a prece de quem luta e que vencer