Há lua de mais pra minha falta de paz
Há dentro de mim pouco silencio
Há cores de mais para o meu cinza ranzinza notar
Eu não quero flores pra enfeitar
Não mereço ser feito de açúcar ou mel
Não assumirei tal papel
Em nome de todas as palavras ditas
E que foram feitas com a matéria prima da desilusão
Ser feliz é muita ingratidão
No banco do tribunal serei vil, serei mal
Para a epiderme dos dedos serei uma farpa de pau
E eu que de mudo me calo pelos cotovelos
Como uma letra que some ao tocar o papel
Ah meu amor
Quero saber por favor
Quando mudar de endereço
Me tenha apreço e me diga onde foi
Ah general
Deixe-me ser imoral
Prefiro a decadência que a continência
Batida na testa lambida de sal