Lucio era lúcido
Certo dia olhando a cidade...
Cinza impreguinada de cimento
Levou uma tropeção no calçamento
E Lucio desvairou de uma vez
E o que a loucura tem haver...
Com os pés de Lucio?
É que Lucio, lucido não amava
Tinha os pés fincados ao chão...
E seu coração ficava nos pés
E ao tropeçar...
Lucio aprendeu a amar
Da lucidez à loucura, o amor.
(Carolline Assis)