Vem a moça a beira rio pra admirar
O seu leito de águas claras a deslizar
E o rio, matreiro, sempre a lhe espiar
Pra roubar a cor morena desse olhar
E num dia quente sente que poderá
Lhe tocar, lhe beijar, lhe amar
Mas a moça, tão ingênua
Se perdeu na correnteza
E com certeza só foi se encontrar no mar
E o rio, na sua tristeza
Só guardou aquela beleza
E mudou de cores bem naquele lugar
Vem a moça a beira mar