Com voz sagrada
Letra vadia
Fiz o meu junho
Faço os meus dias
Rumei meus punhos
Cacei fé com fé
Estive com medo
Estive comigo
Pro que der e vier
Andei na história sentindo o vento
Sangue correu secou e tal
Engatilhei meus vinte dedos
Me espera sentada uma moral
Estou num marasmo
Não sinto meus pés
Flores em fogo
Tédio na brisa
Tudo traz ânsia
Nada sacia
Houve um surto de bege euforia
E por fazer nada estive golpista
Fora de forma
Deito em agosto
Tudo tem gosto de paralisia
Ninguém se cansa de tanta notícia
Mas não precisava ter tanto artista
É só espuma
O caos, a lama
É pouca poeira debaixo da cama
Um pouco mais de assalto e insônia
Com mais liberdades e poucas vergonhas
A terra ainda é boa
Dá plantas que curam
Dá hinos e fugas
De tudo dá