Refrão
Quem bate o pé não é qualquer um
Nem mais um qualquer
E não aceita (zum zum zum)
Então respeita (zum zum zum)
LuizPreto
Licença aqui, peço ilê à Olodumarê
E aos descendentes de Ifé, Adupé
Na fé, bata o pé, não aceita e marcha
Igual faziam os velhos guerreiros de Esparta
Swing puro na lata, pronto pro confronto
Te proponho, bata o pé e dance o jongo
Lembre-se do quilombo, então marche e dance
No som que te agrada e te deixa em transe
Sem bang-bang, nada de sangue, bala dum-dum
É capoeira, mestre besouro, zum zum zum
Ao som do urucunjo, batido no caxambú
é o CAOS, exército de Shaka Zulu
Eliabe
Bate o pé na casa pra levantar poeira
Soldado da vida não cede na primeira
Bate, rebate, se embola no combate
Apanha, bate, veste a camisa e dá strike
Joga alto sem vale, esquiva dos covardes
É na gaveta e não da trave... é baile
Acerta a linha torta pra chegar a um fim
Corre dos blin blin, não força pra sorrir
Resgata! Ocupa! Resiste! Insiste!
Mata velho bandeirante, renova o apetite
O candieiro vive aceso, o zum zum zum é pleno
A festa é do terreiro e o CAOS é o morteiro
Refrão
Quem bate o pé não é qualquer um
Nem mais um qualquer
E não aceita (zum zum zum)
Então respeita (zum zum zum)
Gegê
Que bate o pé é sim, guerreiro de fé
Canta com axé o grito que é quelé
Num atravessa samba, leva a vida como bamba
Ama e odeia a gana, pra ser livre o corpo sangra
Derrete us grilhão, fecha e nunca abre a guarda
Caminha pelo chão e desbrava a encruzilhada
Ao som estéreo entende a voz do verso
Vê o vingar do sofredor moderno
Enxuga o lamento, prospera com os bons ventos
Sempre atento estreito, respeita o movimento
É pretafricano do século vinte um
E num vai morrer amanhã pelo zum zum zum
Negro Rás
Eu vi de longe, as falhas vão chegar
Palmas no tambor irão anunciar
Bate o pé, a poeira levantou
Nego veio girou e capoeira jogou
Berimbau cavalaria tocou, vou que vou
Cantar o que o passado algemou
Vovó não quer casca de côco no terreiro
Só quer África no coração do herdeiro
Obá cantarolar, Dona Wanda
Só tem a ensinar teu neto a batalhar
Cada preto um quilombo, uma fortaleza a despertar
O guerreiro não rasteja, vai lá levanta e marcha
Refrão
Quem bate o pé não é qualquer um
Nem mais um qualquer
E não aceita (zum zum zum)
Então respeita (zum zum zum)