A poesia é um parto
Morto criador
Nasce a criatura
Caricatura da vida
A poesia que rima
E bailarina
Serpentina
Rima do meu coração
Que chora, odeia e adora
A rima de outrora
Que me arranha o céu da boca,
Louca
E que me mostra o retrato
No interior abstrato
Que minh'alma não cansa
em mostrar
A poesia um barco
Solto em alto mar
Longe no horizonte
Pode fazer as estrelas
Pés pra dançar no infinito
Um labirinto, absinto
Que corre de encontro ao rio
E revela a bela e a fera
Abre portas e janelas
Para entrar ou pra pular sem roupas
Do raso profundo do mundo
Ela sempre me aparece
E desaparecer sem
Direção
A poesia é um parto...
A poesia é um barco...
(Typed by Caasi Avlis)