Gotas de chuva na janela
Vinho seco num copo
Solidão no peito
E cinzas num cinzeiro
Boneco de Barro na chuva
Vai derretendo
Entorpece os seus sentidos
Deita em sua cama de algodão
Pra descobrir solidão
Espana o seu corpo torto
E quando faz poeira diz "não"
Foge quando pode e deixa um
Rastro de sujeira no chão
Gotas de chuva no cinzeiro
Vinho seco na janela
Solidão num copo
E cinzas em seu peito
Boneco de Barro em seu carro de lenha
Voa a mil por hora
E sabe que alguém ora pra que
as curvas não lhe estendam as mãos
Finge não ter medo quando o medo
é o que lhe dá proteção
Implora o quanto pode pra que a vida
lhe conceda perdão
Explode em lama densa
Escorre lento, o mundo segue e ele não
Explode em lama densa
Escorre lento, o mundo segue e ele não
Explode em lama densa
Escorre lento e o mundo segue e ele não
Ele não, não
Ele não, não
Explode em lama densa
Escorre lento, o mundo segue e ele não