A chuva cai, deixa rastro
Por onde vai, na lama sem fama, nem astro
Atrai pensamento confuso sem fuso horario
Contrai sentimento ao vento nao mudo
A previsao do dia cinzento
Pela janela eu vejo sem açao
Lagrimas sem medo
Pela viela, depressao
Nao é novela é vida real
Sem resposta sem porque
Viver, sobreviver nesse mundo individual
Cada vez mais fechado
Sem emoçao sem coraçao
Cada vez mais gelado
Mais friu mais preso gritando socorro
É a alma que grita pela miseria do povo
Corrupçao que compra tudo compra todos
Escolhe a opçao da má intençao dos tolos
A tempestade parece trevas de vaidade
Cade o valor cade o amor ninguem se ama de verdade
Começar ou recomeçar
Quantas veses precisar todo ano
Deus criou a terra e quem distroi é o ser humano
Ta esperando oque? o mundo acabar em qual momento?
Nao, o mundo ta acabando faz tempo
Eu faço o sinal na cruz
No fim do tunel eu vejo a luz
É ela que me conduz
Eu tenho a visao eu enchergo entre cegos
Eles nao querem ver mas eu vejo até oque eu nao quero
Pra vc é dificil entender mas a chuva encharca
Passa e maltrata, que leva que mata
Nesse diluvio eu queria ser noé pra construir a arca
Pra toda criança sorrir enquanto embarca
Pra navegar pra fugir da maldade
Pra sonhar e dividir felicidade
Sem medo do desafio que torna forte
Eu vou na fé e nao na sorte
Sempre de pé até a morte
Eu prefiro acreditar que ainda vai mudar
As pessoas ainda vao se respeitar
Ainda vai chegar a hora do sol brilhar
E que o brilho dure pra sempre no olhar
Quando a esperança voltar sem dor
A chuva vai acabar e o valor da vida em primeiro lugar