[lucas digz]
Na madrugada onde tudo descontorce
Em pânico a cada dose, mó neurose
Sem saliva, cadê o botão de desliga? não acho
A três dias sem ninguém pra escutar
Onde vozes vem pra atormentar
Cafeína pra animar, tentando acelerar
O processo que tá lento
Já são quatro da manhã
Guerra de alto controle com os talibã
Ao despertar, pontas
E resinas destruindo meu próprio templo
Da janela vejo o tempo passar
Como filme sem roteiro, como eterno fuzileiro
No meio do tiroteio, a bala soube me acertar
Descobrindo que o pódio
É a maior sede de disputa
Vivendo só pela carne, o espírito está em luta
Com a caneta, carrego um fardo
Larguei a mão de tudo
Eu já andei surdo e mudo
Deixando rastros, amores velhos e novos
Felicidade mutua, firme e forte na luta
O erro vem de mim, vem de todos nós
Somos farinha do mesmo saco usando uma só voz
[victorhud]
Todas as letras são pingos de lágrimas
Que escorrem por minha face
E alagam minhas folhas
E que se foda todos os becks e todo esforço
Me diga o por quê de tanto esforço?
Se no final de tudo, deitamos numa maca
Pra ser tratado como os porcos
Sairemos de palhaço pra piada
Karma é de graça
E pra sorrir fora do riso é palhaçada
Não é que tudo deu em nada
É o que nada deu em tudo
Por culpa desse surto
Saimos de um quadrado pra ganhar o mundo
E nem com tudo eu me encanto
Até porque no fim de tudo
Todo encanto vai trazer meu pranto
E eu espero que esse tal fim
Não seja infinito
Pois até tudo que acaba
Ganha chance de fazer um novo inicio
Karma junto com o meu vicio é traumatismo
E nosso compromisso vão ser mais do rabiscos
[refrão]
Karma, karma, karma do dia seguinte
Karma, karma, karma do dia seguinte
Karma, karma, karma do dia seguinte
E eu só busco a calma
[matheusjay]
Eu tô a dias nesse coma
Se eu perder o aroma... eu não volto mais
Minha arma não é de brinquedo
E eu tenho medo de brincar demais
Mas vamo brincar
Pois um dia a morte vai ser futuro
A vida vai ser museu
Aí vocês verão ateus procurando Deus
Mas eu, sou um pouco do nada
Que desaba em blues
Minha cruz é um vão escuro
Que um dia servirá de luz
E me deparo com prédios
Moradores da rua do tédio
A cada andar, amores contratados
Sem privilégios
E não tá certo!
O espelho convidativo criando lábios
Vem sussurrando, pra que eu chegue mais perto
Teve tempo que ninguém me ouvia
Pra quem pensou que não clariaria
Até a triteza tem sua alegria
E ela surge nos grãos de areia
A fruta proíbida vem do canto da sereia
A bad é tipo aquelas placa de perigo
"não se aproxime"
O fracasso é encher a cara
E ir no banheiro "blaahh" sujei a cabine
Tive impressão de que perdir a vida
Enquanto o cãos prevalece
O mundo não me vê, não me ouve
Game over, no fim só Deus ouvindo minhas preces
[refrão