Outra vez vejo o homem se perder
Na imundície que ele atribui a ser natural
Toda condição de limitar
Tão errada, até um cego pode ver
Esqueceu o amor que tanto pregou
No verso sacro que disse que te guiou
Alimentando ódio intenso
Nessa regra que ninguém precisou
Calam os olhos
Fecham as mãos
Que porra é essa?
Não era irmão?
Falei
Sei que não vai mudar
Cegos e surdos
Calados sem paz
Eu sei que não vai mudar
Cegos e surdos, calados
Hipócritas que falam demais
Atolados em rotina
O sistema não te quer pensando!
Cala a boca e trabalha mais
Genocídio, filhos da negligência
Caçando alvos com base em aparência
A herança de sempre viver
Carregando o medo de morrer
Régua moral pra medir a saia
Saia de casa com medo de não voltar
Alimenta o monstro e não combate
Parece luxo essa liberdade
Hipócritas que falam demais
No conto de trevas dos jornais
O nojo ferve o que o ódio atrai
Cegos e surdos, calados sem paz!
Hipócritas que falam demais
No conto de trevas dos jornais
O nojo ferve o que o ódio atrai
Cegos e surdos, calados sem
Paz! Paz! Paz!
Calados sem paz!