O engenho de dentro do peito de quem ama
Trabalha a colheita
Da desilusão
E os dentes de fora trituram breves sorrisos de verão
Pobre de quem ama
Não conhece descanso
Mesmo quando dorme acende por dentro
E bate as dependências do peito feito vento
Revira papéis, retoca retratos reconhece estragos cruéis
Mas quando acorda quem ama
Já quer outra vez se perder
O eterno vício do fogo chama
Quem prazerosamente vai sofrer
Quem prazerosamente vai sofrer