Andei pra esvaziar meu corpo
Para secar o pranto
Estancar a dor
Ornei com flores meus espinhos
Tive que andar sozinho
Pra descobrir quem sou
Passei pelas cordilheiras
De todos os desenganos
À beira da ribanceira pensei me atirar
Mas veio esse vento santo
O sopro que seca o pranto
Raia a dor da primavera do recomeçar
Enquanto eu voltava
O canto do tempo a me acompanhar
A gente sempre corre tanto
E nunca sabe onde vai dar
Em vão a gente se desespera
Naquela da gente se encontrar
E hoje decido o meu caminho
Me espera para ver o sol raiar
Andei