O que pensou aquele mar, quando Jesus andou sobre suas águas
O que pensou aquela dor quando ele ordenou e ela se foi
O que pensou aquela água, quando ele em vinho a transforma
O que pensou a morte, quando ele em fim ressuscitou
O quer pensou o inferno, quando as chaves ele tomou
O que pensou a cruz, quando ele da morte se levantou
EMUDECIDOS, sem palavras e comentários, indizível e sem noção
Sem parâmetros, paradigmas, o enigma desta unção
A surpresa do eterno, o drama da minha salvação
EMUDECIDOS, não tem mais o que dizer, nem tampouco explicar
Já não pra discutir e nem mesmo discordar
Para tudo, eu levanto minhas mãos para adorar
O que pensou aquele cego quando ele tocou e deu as vistas
O que pensou o jumentinho que levou o meu mestre a Jerusalém
O que pensou Barrabás quando trocou a sua vida pelo inocente
O que pensou Cirineu quando olhou o olhar do meu Jesus
O quer pensou o inferno, quando as chaves ele tomou
O que pensou a cruz, quando ele da morte se levantou