Eu tô doidin só pra ver
Essa nega fervendo em pleno forró
Arrevirando, mexendo
Suando bem no aperto do nó
Do meu abraço, meu braço
Meu passo, meu traço sem pena sem dó
Resfolegando como o fole
E agradecendo por estar na melhor
Eu tô doidin pra molhar
A camisa no meio desse salão
Ao som d'um côco, xote, marcha
Maxixe, maracatu ou baião
Viravoltando como fosse folha seca
Carrapeta ou pião
Pois sabendo da tristeza cansada
Nesse meu coração
E quando Sol quebrar a barra do dia
Alguém recolha meu corpo
E carregue na mão
Aquela mancha de suor
E serragem espalhada no chão