Perdoem a cara amarrada,
Perdoem a falta de abraço
Perdoem a falta de espaço,
Os dias eram assim
Perdoem por tantos perigos,
Perdoem a falta de abrigo
Perdoem a falta de amigos,
Os dias eram assim
Perdoem a falta de folhas,
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha,
Os dias eram assim
E quando passarem à limpo,
E quando cortarem os laços
E quando soltarem os cintos,
Façam a festa por mim
Quando largarem a mágoa,
Quando lavarem a alma
Quando lavarem a água,
Lavem os olhos por mim
Quando brotarem as flores,
Quando crescerem as matas
Quando colherem os frutos
Digam o gosto para mim