Viola no peito
É paixão antiga que não tem jeito
É ser caipira sem preconceito
A coisa tá feia, a coisa tá preta
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta
Burro que fugiu do laço tá de baixo da roseta
Quem fugiu de canivete foi topar com baioneta
Já está no cabo da enxada quem pegava na caneta
Quem tinha mãozinha fina foi parar na picareta
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta
A coisa tá feia, a coisa tá preta
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta
Quem tem mulher que namora
Quem tem burro empacador
Quem tem a roça no mato
Me chame que jeito eu dou
Eu tiro a roça do mato, sua lavoura melhora
E o burro empacador, eu corto ele na espora
E a mulher namoradeira
Eu passo o couro e mando embora
No estado de Goiás
Meu pagode está mandando
O bazar do Vardomiro
Em Brasília, é o soberano
No repique da viola, balancei o chão goiano
Vou fazer a retirada e despedir dos paulistanos
Adeus que eu já vou-me embora que Goiás tá me chamando