Nós bons tempos de mocinho
Eu trabalhei com boiada
O meu patrão se chamava
Joaquim da Cunha Louzada
Eu tinha meus 15 anos
Veja que vida pesada
Mas nunca no meu trabalho
Deixei um boi na estrada
Um dia o meu patrão mim mandou
Eu buscar uma boiada
Na costa do Rio do Peixe
Ali fizemos a pousada
Maximiliano era o chefe
Avisou a pionada
Que na Fazenda Três Pontos
Tinha uma festa afamada
Quando chegamos na festa
Uma linda moça eu vir
Tinha o rostinho corado
Dentinhos da cor de marfim
Eu fiquei gostando dele
E ela gostando de mim
Mim convidou pra fugir
Por esse mundo sem fim
Eu fui e disse pra ela
Menina volta pra trás
Não vai deixa pai e mãe
Para fugir com um rapaz
Saímos por esse mundo
E os teus pais não te ver mais
Isso é loucura menina
É coisa que não se faz
Ela sorriu e mim disse
Pois, ter medo não carece
Nós tanto nós dois juntinhos
Noites escuras clarecem
Tô te deita boa meus braços
Acordar quando amanhece
Dois amor desencontrado
Quando não mata emagrece